sexta-feira, 27 de abril de 2012

ABSURDO

Não faço o mínimo sentido
Ainda que funcional
Pai, profissional, marido
Ou me digam: és bestial
Chego ao absurdo de pensar
Que o sentido está na margem
Na ausência de lugar
Na lágrima que chora um amigo
No simples facto de pensar
E digo: coragem, fazes sentido
Mas nada faz sentido,
E nem sei se o que penso é real
Nem se sou real quando penso
Sou apenas um disfuncional,
Batido…
Por este vazio imenso!

Saio, colho uma flor
Sinto-a com os sentidos
Paro a memória, sou um olvido
E por instantes breves,
leves…
Faço sentido!

Valter Guerreiro

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